Pelo Professor Doutor H. Romeu Y Chupp

grafico   CURITIBA (“RITIBA” quer dizer “DO MUNDO”) – Um certo procurador, que há muito procura a verdade, acha que a encontrou, mas não tem provas . A única verdade verdadeira é a pré-história de sua histérica biografia. Ela começa na progressista cidade de Pixoxó do Miririm, no longínquo país do Paraná, quando um neném viu pela primeira vez a luz do dia.

Reza a lêndea que o tal bebê nasceu enturido (pra quem não sabe, com uma prisão de ventre da goitana). A mãe e a parteira tentaram de um tudo para desentupir o bichinho. De desentupidor de pia a cabo de vassoura e sabugo de milho tudo foi tentado. E nada! O bicho foi inchando, inchando, até quase explodir.

 

Exato momento em que o Dalagnoll fazia efeito

Exato momento em que o Dalagnoll fazia efeito

Numa chuvosa manhã de sol, porém, vai passando um conhecido charlatão que vendia mezinhas para todos os males que podem atazanar a vida de um vivente. De chulé a espinhela caída e farnizim na boca do estômago, o desinfeliz tratava de tudo. Foi quando a mãe do tal procurador contou o que estava ocorrendo com seu rebento. Sem pestanejar, o curandeiro, que atendia pelo inesquecível nome de Jacinto Leite Aquino Rego, destampou um litro de Dalagnoll e empurrou fiofó adentro do bebê.

Não deu um minuto e o efeito se fez aparecer. Parecia o Vesúvio em erupção. Era bosta a dar no boné.  O mar de merda invadiu a casa, a vizinhança e as ruas do povoado. Em homenagem àquela beberagem milagrosa, a genitora resolveu batizar o rebento com o nome do cachete: Dalagnoll. E esse início de biografia jamais o abandonou. Passadas décadas e decagadas, Dalagnoll continua a fazer merda pela vida a fora.