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BRASÍLIA (Via Agência Mão Naquilo) – Circula no Congresso Nacional uma emenda para criminalizar a masturbação. Trata-se de uma matéria de autoria do deputado federal Marcelo Aguiar (DEMO-SP). A polêmica emenda vem provocando as mais diversas opiniões, principalmente entre os adeptos do chamado vício solitário. Por isso, nosso repórter e pau-pra-toda-obra, Ivan Pé-de-Mesa, saiu às ruas para ouvir a população sobre tão palpitante e latejante assunto.

Para José Miquilino dos Santos, conhecido desde novinho como “Mão Santa”, a tal lei é um atentado contra a intimidade das pessoas. “Já matei na mão minha vizinha do 401 umas trezentas vezes. Se essa lei estivesse em vigor eu já teria pegado prisão perpétua num presídio de segurança máxima”, confessou.

Já o comerciante de mangaio, no Mercado de São José, Liêdo Maranhão, acha que essa é mais uma iniciativa desse Congresso merdel que aí está: “Depois da Bancada da Bíblia, Bancada da Bola e Bancada da Bala, eis que surge a Bancada da Gala”. Ele ainda esclarece a origem de seu nome. “Oxe, desde adolescente que eu frequentava o cine Glória, aqui pertinho do mercado. Era surgir uma vedete naquelas chanchadas em preto-e-branco, e eu já empunhava o maranhão e bronhava em cinemascope. De Zezé Macedo a Dercy Gonçalves eu matei metade do cinema brasileiro”, revela.

Perguntado pela reportagem sobre o que o levou a apresentar tal projeto, o deputado Marcelo Aguiar, foi curto e grosso: “Porque cinco pra um é covardia!”. Em protesto contra a emenda, frequentadores da rua da Palma, número 5, realizaram, no último fim de semana, um punhetaço em frente ao Congresso Nacional. “Só tenho minha mão e o sentimento do mundo!”, bradou um dos oradores mais exaltados. Durante a reunião, todos entoaram o hino ao punheteiro desconhecido: “Maria/ o teu nome principia/ na palma da minha mão…”. Mas, apesar da solidariedade entre os presentes, ninguém se deu as mãos.