ESTÁDIO DO SANTA CRUZ (Via Canal do Arruda) – A notícia de que a Friboi adiciona papelão em seus embutidos deixou revoltados os vendedores de cachorro quente na saída do Mundão do Arruda. Eles alegam ter desenvolvido a tecnologia muito antes do famoso frigorífico de Toni Ramos.

Sobre isso dona Josefina do Cachorrão, moradora da Bomba do Hemetério, vendedora de cachorro quente no Arruda, falou a Ivan Pé-de- Mesa, o repórter que não dá moleza. “Faz trinta anos que a gente vendemos cachorro-quente aqui debaixo da rampa principal e nunca ninguém reclamou…”, garantiu ela.

PAPA-FIGO: Além do papelão, o que a senhora adiciona à carne hot dog para ela ficar tão cheirosa?

JOSEFINA: Hot dog, não meu amor, que isso é coisa de fresco. É cachorro-quente mesmo. É tudo item de primeira qualidade. É xota e feto de vaca, cabeça de porco, testículo de boi… Tudo isso nós compra de madrugada no matadouro de Peixinhos.

PAPA-FIGO: Mas e a saúde pública nunca fiscalizou?

JOSEFINA: Às vez. Quando eles aparece, a gente damos um cachorrão como cortesia. E tudo fica em paz.

PAPA-FIGO: E nunca ninguém reclamou?

JOSEFINA: Muito raramente. Quando é torcedor da “Coisa” (Toc, toc, toc) a gente manda ele praquele lugar. Mas quando se trata de um torcedor da Cobra Coral, nós dá, de cortesia, um cachete pra caganeira. E no domingo seguinte ele tá aqui de novo comendo nosso cachorrão.