MOSCOU (Contra 007) – Primeiramente, pedimos desculpas aos leitores pelo atraso no noticiário da Copa. É que nosso enviado especial, Ivan Pé-de-Mesa, em vez de cobrir os fatos mais marcantes do maior evento esportivo do planeta, achou de cobrir uma russa que ele assediou no caminho do estádio. E ainda encheu a cara de vodca com a galega, só retornando depois da derrota da selecinha do Tite e de seu Canalhinho Pistola. As narrativas que vosmecês lerão a seguir foram enviadas pela a agência de notícias russa KGB.

“Pust oni skoro vernutsya!”. Esta era a frase mais ouvida na Rússia em relação aos brasileiros. Traduzindo para o bom português: “Que esse bando de malas voltem logo ao seu país!”. É que a mundiça brasileira coxinhava onde chegava. Fazia barulho, zonava com o garçom, botava som alto, cantava música sertaneja e pegava na bunda do guarda.

Já Juvenal Batista de Orleans & Bragança, morador do Beco da Facada, em Casa Amarela, tem outra visão do que foi a Copa do Mundo. “Eu nunca viajei pra o estrangeiro. O mais longe que fui, foi numa van pra dar uns mergulhos na praia de São José da Coroa Grande, mesmo assim me arrependi, pois quase morri afogado”. Ele ganhou uma passagem para ver a Copa com a patroa no Pernambuco dá Sorte, com tudo pago.

“Home, eu não entendia nada do que tava se passando no campo. Eu pensei que o Brasil tava de amarelo e eu torcia. Só que a seleção tava era de azul”. Ele explica que já tinha saído do estádio quando soube do resultado: “Quem me disse foi um vendedor de comeu-morreu, meu vizinho, que não sei como chegou na Rússia. Perguntei o resultado e ele esclareceu que o Brasil tinha tomado no furico”. Chegando ao hotel, Juvenal pediu para antecipar sua passagem. Ao pegar suas malas, ele falou na língua pátria para os russos da recepção: “Nunca mais eu volto à Rússia. Nem compro Pernambuco dá Sorte!”

(Más notícias na próxima edição – ou, como diz Caetano, ou não.)