Conhecida no meio científico com síndrome pilórico-palmar, essa enfermidade se caracteriza pelo aparecimento gradativo de pelos na palma da mão de indivíduos do sexo masculino da faixa etária entre os 12 e os 18 anos.

Estudos recentes realizados por este pesquisador e membros de sua equipe, na Faculdade de Artes Manuais da Universidade de Pixoxó do Miririm, constataram que a síndrome pilórico-palmar é um fenômeno histórico e universal. Fósseis localizados no sul da Cochichina Maior revelaram que nossos ancestrais já viviam com uma mão no tacape e outra na, digamos, braguilha. Inscrições rupestres encontradas em cavernas do Cudistão, mostraram pichações com a expressão “Ainda morro disto”. Se naquelas priscas eras essa morte lenta ocorria nas cavernas, hoje nossos jovens estão morrendo na rua da Palma, número 5.

Segundo as pesquisas, revoltado com a recorrente presença de um embaraçoso circo armado que o convida à diversão, prejudicando seus afazeres escolares, o adolescente invade o picadeiro e estrangula seguidamente o palhaço. Como todo crime tem uma prova irrefutável, o aparecimento de pelos na palma da mão aponta diretamente o culpado. Daí a incidência tão frequente de rapazolas canhotos em nossas salas de aula. O surgimento de tal característica
deve-se à necessidade de se manter a mão direita oculta. Enquanto a esquerda escreve, a direita permanece no bolso, ora simplesmente escondida, ora estrangulando o palhaço.

(SEGUE NO PRÓXIMO CAPÍTULO.)