Acaba de ser lançada, na última segunda feira, a instituição sem fins lucrativos I.A. (Idiotas Anônimos). Ela vem se juntar à A.A. (Alcoólicos Anônimos), N.A. (Neuróticos Anônimos), D.A. (Dependentes Anônimos) e tantas outras.

Para se associar à I.A. é necessário primeiro se reconhecer como um idiota. A Associação não aceita que parentes ou amigos conduzam o idiota contra sua vontade. Segundo seu criador, o Dr. Pedro Bó, a ideia de criar a ONG foi a constatação de que existem idiotas em todas as partes: “Dentro de casa, nos bares, no trabalho… Até dentro de automóveis você os identifica”, diz ele. “Sabe aquelas músicas infames que você escuta de longe em alto volume? Provêm de um carro, cujo volante está nas mãos de um idiota”, garante.

Ele não é Deus mas é onipresente. E se acha onipotente. A piada mais infame é a dele. A frase mais deplorável sai de sua boca. A posição política mais oca lhe pertence. A I.A., no entanto, o idiotologista alerta os familiares de que o tratamento, apesar de demorado, tem prognóstico reservado. Nele são usados métodos ultramodernos, como afogamentoterapia, eletrochoqueterapia e tapa no pé do toitiço.

Durante as sessões de terapia grupal, os pacientes quase não falam, pois estão muito
ocupados a se comunicar, através do celular, com outros idiotas feito eles. E morrem de rir
com as idiotices enviadas por seus pares. Abaixo, Dr. Pedro Bó enumera dez das milhares de
frases idiotas compartilhadas pelos idiotas espalhados pelos cinco pontos do planeta.

 

“Fantasia sexual é como cheiro de peido, só é normal quando é da gente.”
“Ingleiz eu não sei, mais em portugueiz eu sou foda!”
“É melhor duas abelhas voando do que uma na mão.”
“Macho que é macho só pega mulher feia, porque as bonitas todo mundo já pegou.”
“Onde quer que você esteja, você sempre estará lá.”
“Quando alguém o chamar de gordo, não ligue; você é maior do que tudo isso.”
“Existem duas formas de lidar com as mulheres. Até agora ninguém descobriu quais.”
“Onde estarei quando me encontrar?”
“Quem cedo madruga passa o dia com sono.”
“Canela: dispositivo para se encontrar no escuro.”