Por Zeferino Cascagrossa

Temer é um morto-vivo
À noite vira zumbi
Recebeu uma chamada
Do Terreiro Pai-Tupi
Dizia a voz cavernosa
“Eu quero você aqui
Meu mandato tá um fio
Se acendem o pavio
Sou capaz de explodir”

Temer sai de sua tumba
Com a caneta na mão
Pra não dizer outra coisa
Um bem feio palavrão
E escreveu uma carta
Dirigida à nação
Num português bem barroco
Como um santo do pau-oco
Cita a Constituição

Bolsonaro então vibrou
“Valeu fazer a macumba
Para acordar o zumbi
Batendo minha zabumba
Viva minha competência
Pra me livrar da quizumba
Pelo Temer não caí
Que ele retorne a dormir
Bem feliz na sua tumba”.