ZEFERINO CASCAGROSSA:
Dotô Moro, você responda logo
Com a voz de galo garnisé
Me diga ocê cumequié
Qual foi o crime que Lula cometeu
Ou será que o sinhô já se esqueceu
E mesmo assim deseja ser eleito
Hoje você paga o que tem feito
Com as pessoas mais fracas do que eu

JARARACA ALENCAR:
O meu verso não tem um pé quebrado
Eu sei direito de tudo o que eu faço
Minha rima é dentro do compasso
Feito a lupa que usava Galileu
Via os astros lá de cima em pleno breu
Fazia ciência sem defeito
Hoje você paga o que tem feito
Com as pessoas mais fracas do que eu

ZEFERINO CASCAGROSSA:
Meu poema é todo desabafo
Quando vejo o Brasil nessa miséria
Pela sua ação tão deletéria
E os erros que você já cometeu
Estuprador da arte do Direito
Espumando que só um cão ateu
Hoje você paga o que tem feito
Com as pessoas mais fracas do que eu

JARARACA ALENCAR:
Calouro iniciante não comete
Os erros na lição bem estudada
E você só estuda a coisa errada
Do Direito você nada entendeu
Pois você só visava o seu pleito:
Ser ministro: o Bolso prometeu
Hoje você paga o que tem feito
Com as pessoas mais fracas do que eu

ZEFERINO CASCAGROSSA:
Assim eu termino minha história
Feita de meus versos e de rimas
E em breve vou rir bem lá de cima
Pois o Brasil jamais te esqueceu
Pode dar um tiro no seu peito
Ver eleito aquele que sofreu
Vais pagar o mal que tu tens feito
Às pessoas mais fracas do que eu